quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Antibióticos.


ANTIBIÓTICOS
São medicamentos fabricados por processos laboratoriais exclusivamente ou adquiridos a partir do isolamento de microorganismos, com a finalidade de promover  a inibição do desenvolvimento bacteriano ou a morte bacteriana.
CLASSIFICAÇÃO-  Ação biológica (bactericida ou bacteriostático). Espectro de ação (amplo ou pequeno). Mecanismo de ação (parede, membrana, síntese protéica e síntese de ácidos.
O grupo dos antibióticos pode ser dividido em: Beta lactâmicos; Aminoglicosídeos; Macrolídeos; Clindamicina; Quilomonas; Metronidazol; Tetraciclina; Polimixina B.
Beta lactâmicos
São dos grupos de antibióticos bactericidas de menores efeitos adversos.
Atuam sobre o anel beta lactâmico localizado na parede celular das bactérias provocando sua lise.
Subgrupos: Penicilinas; Cefalosporinas; Carbapanêmicos; Monobactâmicos.
 Obtidas de culturas dos fungos Penicillium notatum e Penicillium chrysogenum, possuem em sua composição um ácido penicilínico, e, tendo como núcleo o ácido penicilânico.

PENICILINA: age na parede celular da bactéria. Primeira opção em infecções odontogênicas leves ou moderadamente severas.
São divididas em quatro grupos: Penicilinas naturais; Penicilinas resistentes à penicilinase; Penicilinas semi-sintéticas; Penicilinas sintéticas.

Penicilina Naturais: espectro de ação sobre bactérias Gram positivas somente, porém não são resistentes à penicilinase – enzima bacteriana no qual promove inativação da penicilina.
Exemplo: Benzetacil® (nome comercial) – Penicilina G (princípio ativo).

Penicilinas resistentes à penicilinase: espectro de ação sobre as mesmas bactérias das penicilinas naturais, porém são resistentes à penicilinase. Seu uso prolongado pode ocasionar em problemas hepáticos.
Exemplos: Staficilin-N (nome comercial) – Oxacilina (princípio ativo); Dicloxacilina (nome comercial e princípio ativo).

Penicilinas semi-sintéticas: Amoxicilina: espectro de ação em bactérias Gram positivas anaeróbias e aeróbias e algumas bactérias que possuem parede celular menor. Exemplo: Amoxil® (nome comercial). Não age nas produtoras de penicilinase.
Ampicilina: espectro de ação em bactérias Gram negativas em maior escala, pseudomonas e enterococcos. Exemplo: Binotal® (nome comercial). Não age nas produtoras de penicilinase.

Penicilinas sintéticas: bactericidas mais utilizados no mundo, resistentes à beta lactamase.
Exemplos: Cefamox® (nome comercial) – Cefadroxila (princípio ativo); Ceclor® (nome comercial) – Cefaclor (princípio ativo).

PENICILINAS
Principais indicações: infecções cutâneas, articulares, ósseas, vias urinárias, faringite, laringite, meningite bacteriana, escarlatina, bronquite, sífilis, gonorréia, endocardite, otite média.
Efeitos adversos: reações alérgicas, urticária, asma, rinite, angioedema, anafilaxia, edema de laringe, convulsões, nefrite intersticial alérgica, prejudica as funções das plaquetas.

Grupo dos Beta lactamicos

Mecanismo de ação: Todos os antibióticos beta lactâmicos (penicilinas e cefalosporinas) interferem na síntese de parede celular bacteriana, através de sua ligação com as enzimas PLP (piridoxalfosfato). A penicilina se acopla num receptor presente na membrana interna bacteriana e interfere com a transpeptidação que ancora o peptideoglicano estrutural de forma rígida em volta da bactéria. Como o interior desta célula é hiperosmótico, sem uma parede rígida há afluxo de água do exterior e a bactéria lisa.
O principal mecanismo de resistência de bactérias à penicilina baseia-se na produção de Beta lactamases, enzimas que degradam a penicilina impedindo sua ação.
Outro mecanismo de ação da Penicilina é a inativação do inibidor das enzimas autolíticas na parede celular, isto dá como resultado a lise celular.

Bactérias produtoras de Beta lactamases
 As beta lactamases são enzimas bacterianas que hidrolizam os novos antibióticos beta-lactâmicos. As betas lactamases conferem às bactérias que a contém, resistência às cefalosporinas de amplo espectro de ação e aos monobactâmicos. Nos últimos vinte anos muitos antibióticos beta-lactâmicos foram desenvolvidos e  especificamente preparados para serem resistentes a esta ação hidrolítica das beta lactamases. No entanto, com o passar do tempo , novas enzimas surgiram pela pressão seletiva do uso e abuso dos novos antibióticos.

CEFALOSPORINA
DAQUI
“Mecanismo de ação: interferem na síntese da parede celular depeptidoglicano via inibição de enzimas envolvidas no processo de transpeptidação.
Há resistência em algumas estirpes devido a disseminação de plasmídeos que codificam o gene da proteína beta lactamase, que destrói o antibiótico antes que possa ter efeitos.
Principais indicações: septicemia, pneumonia (exceto se por espécies resistentes), infecções das vias biliares, infecções do trato urinário, sinusite bacteriana.
Efeitos adversos: diarréia, reações alérgicas (com erupções na pele), nefrotoxicidade.

Uso na medicina Reservado para ambientes hospitalares e infecções de maior gravidade.
Cefalexina:  tratamento de infecções de pele e tecidos moles,  profilaxia oral de endocardite bacteriana.
Cefazolina: profilaxia de infecções após cirurgias limpas ou limpocontaminadas(cesarianas histerectomias e correção de fraturas fechadas, por exemplo).
Cefalotina: tratamento de infecções de pele e de tecidos moles causadas por bactérias Gram positivas e negativas.
Cefotaxima: uso restrito para tratamento de infecções causadas por bactérias multirresistentes em neonatos.
Ceftazidima: uso restrito para tratamento de infecções causadas por pseudomonas e enterobacteriáceas multirresistentes.
Ceftriaxona: uso restrito para tratamento de infecções causadas por bactérias multirresistentes e/ou tratamento empírico de meningites.

Carbapanêmicos
Mecanismo de ação: possuem atividade bactericida de amplo espectro e melhor estabilidade diante das betalactamases, o que os diferencia dos outros beta lactâmicos. Ligam-se às proteínas fixadoras de penicilina presentes na parede bacteriana provocando a lise osmótica da bactéria
Principais indicações: infecções hospitalares graves, infecções pós-operatórias (principalmente intra-abdominais), septicemias hospitalares, meningites, pneumonias, infecções urinárias, infecções hospitalares por Acinetobacter multirresistente (resistente a todos os outros antibióticos).
Efeitos adversos: náuseas, vômitos, diarréia, reações alérgicas, febre, reação anafilática, convulsões, leucopenia, plaquetopenia, eosinofilia, trombocitose.

MONOBACTAMICOS
Mecanismo de ação: liga-se à proteína fixadora de penicilina 3 (PBP3), situada na membrana citoplasmática das bactérias Gram negativas. Essa proteína, a transpeptidase, é responsável pela formação do septo que divide a bactéria durante a multiplicação. Sem essa divisão, a bactéria continua seu crescimento, formando longos filamentos, até a lise da parede e morte celular.
O mesmo mecanismo não ocorre com as bactérias Gram positivas e anaeróbias, pela baixa afinidade da droga com as PBP3 desses germes, tornando-os naturalmente resistentes aos monobactâmicos.
Principais indicações: infecções causadas por bacilos Gram-negativos, especialmente para os multirresistentes e indutores de betalactamases, septicemia, pneumonia, infecções urinárias, infecções intra-abdominais cirúrgicas, meningoencefalites por germes Gram-negativos.
Efeitos adversos: flebite, dor, edema, reações de hipersensibilidade, febre, diarréia, náuseas, vômitos, alteração do paladar, icterícia, plaquetopenia, leucopenia.




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